25 de fevereiro de 2011

Sem dicas, só um desabafo

O post desta semana foge do universo infantil. Mas mãe também tem conflitos, e como!  Nesta semana quero falar sobre a vida.

Nossa vida é tão preciosa, tão frágil e apesar disso tratamos como se ela fosse algo banal. Lotamos nossos dias com obrigações, nos estressamos com coisas irrelevantes e quando vemos, pronto, o dia passou, o mês passou, o ano passou. A vida passou! Parece que fazemos tudo isso para nos ausentar da responsabilidade de aproveitar a vida,  ou porque ao preenchermos nossas vidas com coisas pouco importantes temos a sensação de que é infinita. Afinal, se gastamos a vida com tanta banalidade é porque está sobrando, é porque nunca vai acabar. 

Venho pensando nisso há algum tempo. Resolvi que 2011 seria o ano “do que realmente importa”. O ano de dar tratamento de rainha à minha vida. Mas esbarrei em um outro conflito: não é tão fácil assim diferenciar o que realmente me faz feliz do que apenas me faz gastar tempo para fugir da vida. E aí, acho que sem querer desisti. O Carnaval nem passou ainda e a minha vida já voltou a ficar caótica, corrida, sem tempo para nada, nem mesmo para a minha Sofia.

Mas, nesta semana, tive um daqueles chacoalhões que nos coloca de volta nos trilhos. A vida cobrou: “estou aqui!”. E eu decidi:  quero que minha vida caminhe mais devagar, quero ter consciência do tempo passando, da Sofia crescendo, da minha vida mudando. Preciso saber e poder escolher com o quê eu estou gastando as minhas horas. Chega de levar a vida no piloto automático. Chega de desejar que meu dia tenha 40 horas. Quero dias com 24 horas bem vividas. 

Um longo fim de semana para todos nós!