31 de dezembro de 2012

Pinte os Clássicos: para avós e netos brincarem juntos


O post de hoje foi inspirado no meu grande amigo Paulo Levi, um grande expert em automóveis e autor do blog adverdriving.blogspot.com.br


A dica é o livro Pinte os Clássicos, que traz uma coletânea de 25 carros nacionais que deixaram marca em nossa história para serem coloridos.  As ilustrações foram feitas pelo ilustrador Maurício Morais, um dos maiores artistas automotivos hoje no Brasil, e são verdadeiras obras de arte. O livro é impresso de maneira quase artesanal, em papel de alta qualidade, dando um charme extra para a brincadeira.

Quando o Paulo descobriu o livro, logo lembrou da YOUandME e me ligou dizendo que tinha descoberto uma atividade que os avôs adorariam fazer com seus netos. Uma ativiade que além de fortalecer o vínculo afetivo entre avôs e seus netos (netas também, claro!), ainda traz boas recordações e é uma maneira muito divertida de ensinar aos pequenos um pouco sobre a nossa cultura automobilística.

Achei a ideia uma grande oportunidade para todos aqueles que amam automóveis poderem  relembrar, brincar, pintar, se divertir, aprender e, principalmente, fortalecer o vínculo entre gerações.


Para tirar ainda mais proveito dessa experiência, por que não destacar a ilustração colorida por vocês e emoldurar? Além de decorar a parede, será uma linda recordação de um momento para lá de especial. 

Obrigada pela dica, 
Paulo Levi! 

O livro pode ser adquirido diretamente com o autor Maurício Morais: 
mau917@gmail.com ou mauriciomorais.blogspot.com.br


Para quem quiser saber mais, sugiro que leiam o post do Paulo: 

http://adverdriving.blogspot.com.br/2012/12/pintou-na-caixa-do-correio.html



23 de outubro de 2012

Teatro de Sombras

Quero compartilhar uma brincadeira que adoro fazer em casa com a minha Sofia de 4 anos. É o "teatro de sombras".  

Vocês vão precisar de: 

- 1 lanterna
- 1 quarto relativamente escuro
- 1 parede ou porta de armário 

A brincadeira é muito simples: basta escurecer o quarto e iluminar objetos com a lanterna, criando projeções na parede ou na porta do armário. 

A brincadeira pode ter variações. É possível criar sombras com as mãos mas também dá para usar objetos. Uma dica é recortar formas - como um boneco, por exemplo - e colar essas formas em um palito de churrasco. Assim, é possível até mesmo fazer teatro e inventar histórias. 

Outra dica legal é pedir para a criança ser o "boneco", enquanto você ilumina  com a lanterna.  Incentive seu filho (ou melhor, a sombra dele) a interagir com a sobra da sua mão ou do objeto escolhido por vocês e não deixe de mostrar como a sombra dele fica menor quando ele está  longe do foco de luz da lanterna e maior quando ele está bem pertinho. Nós adoramos brincar que ora a Sofia é uma "mini Sofia" e hora ela é uma "gigante Sofia". 

Enfim, a brincadeira pode ter mil formas, enredos e aprendizados. Basta deixar a imaginação rolar solta. 


Divirtam-se! 


10 de setembro de 2012

Carta para a minha Avó



Dita,

Estamos há 7 dias sem você e a saudades só parece crescer. 

Sabe, 90 anos é uma vida longa. E a sua, além de longa foi muito linda e feliz. Mas isso não parece servir de consolo e não está ajudando a cicatrizar a saudades que você deixou dentro de mim. Sinto tanta vontade de te pedir: “fica só mais um pouquinho...”.

Já sinto tanta falta de você e das tardes em família na sua casa. Tinham gostinho de infância. O quarto de brincar ainda com os mesmos brinquedos de quando éramos pequenos. As risadas com os primos que me faziam relembrar tantos Natais, aniversários e viagens juntos. Mesmo tendo 32 anos, Dita, quando eu ia na sua casa, eu me sentia um pouco criança, um pouco adolescente.

Mas sei que você não aprovaria esse chororô. É preciso seguir, é preciso crescer. É hora de preencher o vazio que você deixou com uma promessa: vou ensinar a minhas filhas tudo aquilo que aprendi com você.

Vou ensiná-las o valor da família, a importância de amar o próximo a serem justas sempre. E, acima de tudo, quero ensinar a nossa Sofia e a nossa  Helena a olharem a vida de uma maneira positiva. Quero que elas, assim como você, sejam mulheres fortes e determinadas. Capazes pintar suas próprias vidas com as cores da felicidade.

Porque assim, Dita, eu terei a certeza de que um pouquinho de você vive dentro de cada uma delas.  

Obrigada por tudo. Te amo. 


29 de agosto de 2012

Amamentar



Helena,


Queria te agradecer por ter tido a oportunidade de te amamentar nove meses.  Sabe, amamentar não depende só da boa vontade e do empenho da mãe, como dizem por aí. Depende muito do bebê. E você que é uma menininha que suga com vontade, não dorme, não enrola e adora um leitinho.

Provavelmente, meu amor, não terei mais filhos. Seremos eu, você, sua irmã e o seu pai. Essa é a nossa família. Já nos sentimos completos e muito abençoados. Por isso, o seu presente foi ainda mais importante para mim. Nunca vou me esquecer de você encaixadinha nos meus braços , daquele olhar delicioso e, claro, de você mamando, mamando e mamando. Também vou morrer de saudades de tirar aquela soneca pós-mamada, "escondidas" na paz do seu quarto.

Exatamente por saber o quão valioso foi este presente que eu ganhei, sempre tive muito medo do momento em que ele teria que terminar. A ideia de nunca mais te amamentar parecia algo muito doloroso para mim e eu temia que para você também seria. 

Mas, na semana passada eu e você pegamos nossa primeira gripe desde o seu nascimento. Eu fiquei mais fraca e cansada. Você, com o narizinho entupido, não conseguia e nem queria mais mamar no peito. Conforme os dias foram passando, meu leite foi secando. Afinal, a bombinha de tirar leite não chega aos pés da sua eficiência. Agora a gripe melhorou, e você até tentou voltar a mamar no peito. Sugou, esperou, sugou... e nada. Para minha surpresa, você parou de tentar, olhou para mim e  começou a rir. Em seguida, mamou feliz na mamadeira. 

Eu é que sou sua mãe, mas foi você quem me ajudou a superar o desmame. Você encarou com o seu bom humor  de sempre, sem choro, sem tempo ruim. Você não imagina como isso me ajudou. E, para a minha grande surpresa, diante de tanta alegria eu não fiquei triste. O seu sorriso trouxe pensamentos bons. Senti que essa foi apenas uma de inúmeras experiências maravilhosas que teremos juntas. Fiquei imaginando tudo o que ainda está por vir. Os primeiros passinhos, dentinhos, palavras, descobertas, alegrias, tristezas. Os segredos, os medos, as fofocas. Vamos rir, chorar, brigar, brincar. Ainda vamos viver muita coisa juntas.   

Você, com toda a sua pureza e ingenuidade, conseguiu demonstrar na vida real uma frase muito positiva do escritor  C. S. Lewis que li nesta semana no Instragram de uma grande amiga.




Obrigada, Helena, pelos 9 meses de parceria.

Obrigada, Helena, por me ensinar a olhar o mundo de um jeito tão positivo. 


Te amo,

Mamãe

1 de maio de 2012

Passeio Cultural com os Pequenos

Sempre acreditei que bebês e crianças são capazes de absorver estímulos culturais como esponjinhas. Enquanto  nós adultos tendemos a ter um olhar racional e ansioso para entender a lógica de cada obra, as crianças olham com os sentidos. As cores, os aromas as texturas tudo isso é encarado pelas crianças como uma nova experiência. Por isso adoro ver as escolas trabalhando artistas e suas obras desde os primeiros anos de seus alunos.

Infelizmente, na correria do dia a dia, frequentamos muito menos do que eu gostaria eventos culturais com as nossas meninas. Mas, no fim de semana passado aproveitamos o dia chuvoso e sem compromissos para sacudir a poeira e organizar uma ida à exposição da artista plástica Lygia Pape na Estação Pinacoteca.


Começamos pela instalação "Ttéia".  Lygia Pape buscou inspiração no movimento caótico e na constante transformação das cidades para criar uma rede de fios de cobre que se entrelaçam formando teias que mudam de visual conforme o ângulo do nosso olhar. Apesar da complexidade da mensagem a obra conquistou o olhar inocente da  Helena, de apenas 5 meses. Os fios de cobres tencionados formando raios que se cruzam dando a impressão de constante movimento deixam qualquer móbile da Fisher Price no chinelo.

A obra que mais despertou o interesse da Sofia de 4 anos foi a "Roda dos Prazeres". Tigelas de porcelana com líquidos coloridos são dispostas formando um círculo. Ao olhar ela mesma disse: "olha só mamãe, as gelatinas estão em "circle" que nem a gente faz na escola." E depois completou: "parece a mandala que a gente pintou no Dia da Família" (atividade feita na escola). Mas a empolgação veio mesmo quando ela descobriu que poderia experimentar o sabor "das gelatinas". Confesso que a aparência já empoeirada daqueles líquidos me embrulhou o estômago, mas não podia podar essa vontade de descobrir da minha filha. Então coloquei mini gotinhas na minha mão e deixei ela lamber. "Que delicioso, que delicioso", dizia ela andando ao redor do circulo.

Por último, a obra "O Livro do Tempo" mexeu comigo e com o meu marido. A obra traz inúmeros quadrados de madeira recortados e pintados de formas diferentes. Essas intervenções fazem com que cada quadrado assuma uma aparência única. Pelo lado racional, fiquei impressionada com o fato de um mesmo quadrado dar origem a tantas formas diferentes. Pelo lado emocional, fiquei tocada pois para mim cada um daqueles quadrados parecia significar um evento da vida, como se fosse um registro de um acontecimento, uma fotografia de um momento. Juntos todos aqueles quadrados pareciam contar a história de uma vida, marcando a passagem do tempo, formando o "Livro do Tempo". Todo esse estímulo me fez pensar sobre o meu próprio "Livro do Tempo", e junto veio uma angústia: as páginas do MEU "Livro do Tempo" parecem estar virando mais rápido do que eu gostaria. As meninas crescem num piscar de olhos, as fotografias da vida acumulam, nos atropelam e quando vemos nosso painel está cheio, lotado de registros, sentimentos, acontecimentos que muitas vezes nem conseguimos digerir, ou melhor, degustar. Acho que meus próximos posts serão uma reflexão sobre a passagem do tempo. Aguardem.

Fica a dica: 
Exposição Lygia Pape Espaços Imantados
- até dia 12/05/2012 na Estação Pinacoteca (São Paulo)-

20 de março de 2012

YOUandME na TV Globo

O conceito  de juntar pais e filhos através de brinquedos e acessórios que proporcionam momentos de diversão e muita cumplicidade não atrai apenas papais e mamães, mas também a TV Globo, que resolveu gravar uma entrevista bem bacana sobre a YOUandME.


Para assistir, clique no link abaixo:
YOUandME na Globo



23 de fevereiro de 2012

Foi uma Cesárea

Se durante a gravidez a pergunta que eu mais respondi foi "é menino ou menina?",  depois que a Helena nasceu  a pergunta da vez foi "nasceu de parto normal ou cesárea?". Diante da inevitável resposta, "foi cesárea", vinha uma nova pergunta: "Não deu para ser normal?"

Há algum tempo ando incomodada com o preconceito contra partos de cesariana. Vira e mexe ouço por aí a ideia de que a criança que vem ao mundo através de uma cesárea sofre uma agressão ou que a mãe deixa de liberar o "hormônio do amor" no momento do parto. Para uma mãe que passou por duas cesáreas, esse pensamento é um tapa na cara.

Recentemente surgiu o tema “parto normal vs. cesárea” em uma comunidade de mães de que faço parte no Facebook . Tudo começou com um vídeo a favor do “parto natural” no qual, em meio a depoimentos de especialistas a favor do parto natural, o ator Marcio Garcia e sua esposa narram o traumático parto de cesárea do seu primeiro filho e o feliz parto natural (em casa) do outro filho. O tema pegou fogo e eu fiquei impressionada com o número de mães que se sentem frustradas por terem feito uma cesárea. Como eu também me sentia assim,  resolvi revisitar minha história:

Minha mãe teve quatro filhos de parto normal e eu assumi que eu também teria meus filhos desta forma. Já tinha tudo planejado:

Cena 1: eu em casa dormindo tranqüila.
Cena 2: contrações, correria para a maternidade, mais contrações, empurra daqui, respira dali, mais um empurrão forte e surge o chorinho do meu bebê. 
Cena 3: Lágrimas e abraços ensangüentados. Sobem os créditos.  

Mas na vida real, não aconteceu assim. Na minha primeira gravidez fizemos uma indução de parto com 39 semanas. Pelos dados do ultra-som a bebê estaria perdendo peso, minha placenta estava madura e o líquido baixo.  Após 15 horas de indução, 13 horas de bolsa rompida e apenas 2 dedos de dilatação fui para a faca com lágrimas de frustração nos olhos.

Na minha segunda gravidez eu estava decidida. Seria parto normal. Na semana 41 comecei a sentir contrações fortes. Fiquei tranqüila, só esperando. As contrações ficaram mais fortes e próximas. Fui para o chuveiro. De repente, vi sangue. Nesse momento as contrações estavam de 3 em 3 minutos. Liguei para o meu médico que mandou eu ir para a maternidade. Começou a correria. Tudo conforme o planejado! Na maternidade me encaminharam para uma salinha onde uma enfermeira do hospital me examinou. Eu estava confiante. A enfermeira confirmou: contrações fortes e regulares. Dois em dois minutos! Perfeito! Então se preparou para fazer o exame de toque. Procurou, procurou e falou: “você não tem dilatação e a bebê está tão alta que não consegui tocar a cabecinha dela. Não sei avaliar se o sangue que você está perdendo é do tampão ou de algum descolamento e nem se a bolsa já estourou".  Ela continuou: “quem é o seu médico”? Respondi e ela ligou. Escutei ela contando toda a história novamente, mas incluiu um novo fato que eu desconhecia “os batimentos cardíacos da bebê já estão lentos”. Meu médico chegou em poucos minutos, me examinou, olhou novamente todos os dados e concluiu: "posso esperar mais duas horas para ver como evolui o quadro, mas se continuar tudo igual, teremos que partir para uma cesariana pois não é seguro manter o bebê neste quadro".
 

De repente, as contrações deixaram de fazer parte do roteiro perfeito que eu havia imaginado e se tornaram insuportáveis. A ideia da minha bebê estar sofrendo, dos batimentos estarem lentos, de algo poder estar errado lá dentro me deixou em pânico. Esperar duas horas se tornou algo impensável. Não agüentava nem mais um minuto, nem mais uma contração. Queria ver a minha filha e tinha que ser AGORA! Então eu arreguei. “Corta já” eu disse. “Cadê o anestesista?!

Sentei na cama do centro cirúrgico. Mal conseguia relaxar para tomar a anestesia. Tive enjôo, a pressão caiu. O obstetra entrou na sala e começou a cirurgia. Relaxei. Em menos de 5 minutos eu ouvi o chorinho e os médicos dizendo: “nem saiu o corpinho e ela já está chorando, que menina saudável!” Meu coração pulou de alegria. Segurei ela e com a experiência de já ser mãe. Coloquei a Helena no peito e ela começou a sugar imediatamente. Tivemos uma conexão de amor instantânea e incrivelmente forte. Viramos uma só, foi mágico. 

Revisitando a minha história e percebi que fui eu que não encarei o parto normal.  A aflição de que algo poderia acontecer com a minha filha era bem maior do que o meu sonho de ter o parto de cinema. Talvez, se eu tivesse insistido mais duas horas, minha filha teria nascido "de parto normal". Talvez, se eu tivesse escolhido o médico do filme do Márcio Garcia, minha filha teria nascido de parto natural na banheira de casa. Mas, com certeza essas escolhas não teriam feito o meu amor pela Helena ser maior.  

E aí fica o meu conselho para as mães de cesárea: parem de se martirizar e se culpar. Tenham orgulho de ter gerado essa vida. De cuidar e de amar seus filhos. Tenham certeza de que eles não são traumatizados por terem nascido de cesárea. Tenham orgulho da cicatriz da sua cesárea. Eu faço questão de mostrar para a minha filha de 3 anos e dizer que esse corte é lindo de morrer porque por ele saíram as pessoas mais importantes da minha vida.

Xô frustração, celebrem a maternidade!  

13 de fevereiro de 2012

Um filho é pouco, dois é de pirar!


A maioria das mães já deve ter passado por uma situação em que sem querer machucou ou quase machucou seu filho. São acidentes bobos mas que devastam nossos corações de mãe. Com mães de um único filho isso acontece principalmente quando estão cansadas. Com mães de dois ou mais filhos isso geralmente acontece quando estão enlouquecidas. 

Pois é, neste fim de semana aconteceu comigo.

Estava tentando trocar a Helena. Enquanto isso a Sofia botava pra quebrar. Subia no berço da irmã, pulava na poltrona e falava sem parar. Na tentativa de incluí-la no processo de cuidar da irmã, sugeri: “Sofia, vem ajudar a mamãe a trocar a fralda da Helena”. Por incrível que pareça ela acatou a minha sugestão sem argumentar. Puxou o puff, subiu e posicionou-se ao meu lado. Mas, ao invés de me ajudar continuou a sassaricar. Gritava no ouvido da Helena e apertava sua perninha fingindo ser carinho. O meu sangue começou a subir, mas eu respirei fundo e resolvi seguir os passos sugeridos pelo livro Mais Segredos da Encantadora de Bebês: “Sofia, para de gritar e apertar a Helena porque isso dói”. Direta, simples e objetiva, como manda a autora. Mas, a Sofia continuou. Então fui para o segundo passo sugerido pelo livro. “Sofia, se você continuar machucando a Helena não vai poder ficar aqui conosco”. Ela continuou. Então fui para o terceiro e último estágio indicado pela Encantadora de Bebês: “Sofia, você vai ter que esperar no seu quarto porque aqui você está machucando a Helena”. Calmamente peguei a Sofia e a levei até o seu quarto. Saí vitoriosa, uma “Encantadora de Crianças” pós-graduada, uma mãe capaz de um auto-controle de dar inveja. Palmas para mim. No corredor encontrei meu marido que me perguntou o que estava acontecendo. Nesse minuto me caiu uma ficha tão pesada que mais parecia o meu próprio prédio desabando sobre a minha cabeça. Olhei para ele com ar de desespero e gritei totalmente descontrolada: “Larguei a Helena sozinha no trocador!”. Graças ao Anjinho da Helena ela continuava lá, quietinha sobre o trocador.

Por favor, alguém me interdite! 


2 de fevereiro de 2012

Amor de Mãe de Segunda Viagem

Ao longo da minha segunda gravidez eu me surpreendia pensando se eu conseguiria amar a Helena tanto quanto eu amo a Sofia. Eu temia que a minha segunda filha seria literalmente a segunda colocada no meu “ranking de amor materno”. Essa ideia me angustiava.

Mas a nóia não parava por aí. Quando eu cogitava  a possibilidade de  sentir o mesmo amor pelas minhas duas filhas, surgia uma outra preocupação de mãe de segunda viagem: amar a Helena tanto quanto eu amo a Sofia, não seria uma traição?

No dia 24 de novembro, às 02:50 a Helena nasceu e nesse momento aconteceu algo mágico: no minuto em que eu escutei o primeiro choro dela o amor de mãe tomou conta de mim. Eu não tinha sequer visto o rostinho dela mas já a amava com a mesma intensidade que eu amo a Sofia. A sensação que eu tive é que a Sofia me apresentou a esse amor que antes era desconhecido para mim e que este sentimento foi capaz de se manifestar pela minha nova bebezinha sem anular ou diminuir o que eu sinto pela mais velha.

Na madrugada em que a Helena nasceu, tive uma certeza. Mesmo se eu tivesse 10 filhos seria capaz de amar cada um como se ele fosse o maior amor da minha vida.