Mas a nóia
não parava por aí. Quando eu cogitava
a possibilidade de sentir o mesmo amor pelas minhas
duas filhas, surgia uma outra preocupação de mãe de segunda viagem: amar a Helena tanto quanto eu amo a Sofia, não seria uma traição?
No dia 24
de novembro, às 02:50 a Helena nasceu e nesse momento aconteceu algo mágico: no minuto em que eu escutei o primeiro choro dela o amor de mãe tomou conta de
mim. Eu não tinha sequer visto o rostinho dela mas já a amava com a mesma
intensidade que eu amo a Sofia. A sensação que eu tive é que a Sofia me
apresentou a esse amor que antes era desconhecido para mim e que este
sentimento foi capaz de se manifestar pela minha nova bebezinha sem anular ou
diminuir o que eu sinto pela mais velha.
Na
madrugada em que a Helena nasceu, tive uma certeza. Mesmo se eu tivesse 10
filhos seria capaz de amar cada um como se ele fosse o maior amor da minha
vida.