24 de novembro de 2011

A Helena Chegou

24 de novembro de 2011
02:50

Agora somos quatro
Nossa família cresceu
O meu coração de mãe também
Você mal chegou em minha vida
e eu já te amo tanto

Bem-vinda Helena!


26 de outubro de 2011

Minha filha virou uma princesa, e é tudo minha culpa

Como é diferente ser mãe na teoria e na prática. Antes da Sofia nascer, imaginava que minha filha seria educada longe do mundo de consumismo, que impõe estereótipos e cria adultos pouco criativos. Seria uma criança mais “alternativa” com roupas descoladas e brinquedos feitos de madeira. Nada de roupas com lantejoulas, tênis pink com strass e fantasias de princesas da Disney. Aliás, Disney só depois dos 6 anos, antes disso ela passaria longe desse mundo de felicidades construídas.  Eu seria uma mãe alternativa. Palmas para mim!

Ainda pequena ela ganhou suas primeiras roupinhas com brilho. Por volta dos dois anos assistiu ao desenho da Branca de Neve e adorou a princesa. Logo ela assistiu Enrolados (filme da princesa Rapunzel) e em seguida o filme da Bela e a Fera. Foi então que a Sofia começou a reproduzir o que ela via nos desenhos: as frases, os movimentos das princesas, as cenas dos filmes. Perto dos três anos ela ganhou da avó o seu primeiro vestido de princesa feito de tecido sintético, com camafeu de plástico com a foto da princesa e brilhos. Ela amou. Em seguida veio o da Bela Adormecida (que espalhou purpurina pela casa toda), o da Cinderela e depois o da Bela. Com a ajuda das fadas madrinhas, a Sofia tem hoje uma coleção de fantasias. Vestir calça ou shorts? Só se for por baixo do vestido!

O mais curioso de tudo isso não foi ver a idealização da filha alternativa e desconectada do mundo Disney ir por água abaixo, mas sim a minha reação com tudo isso. Decepção? Que nada! Certo ou errado, comecei a perceber que o meu coração batia forte quando via a Sofia vivendo suas fantasias, acreditando que é uma princesa e que seu pai é o príncipe encantado. Quando ela aparece com o vestido amarelo de Bela e sua sandália de laço, não posso deixar de achar incrível como a pureza e a sinceridade da Sofia transformam esses vestidos cafonas em algo tão irresistível e mágico.

A cereja do bolo foi quando descobri que estava grávida novamente e, junto com a vontade de comer sem parar, bateu uma necessidade incontrolável de levar a Sofia, aos três anos de idade, para a Disney. No auge da loucura da gravidez, achei que ela precisava ver as princesas que tanto gostava, acreditando que são realmente de verdade. Era uma questão de vida ou morte. O que aconteceu comigo?!

Com o tempo fui baixando a guarda e percebendo que dá para ensinar valores bacanas para uma menina fantasiada de princesa Bela. Outro dia estávamos num clube na represa Guarapiranga e eu sugeri: “vamos nadar”. A Sofia respondeu: “não quero nadar na piscina, quero nadar na natureza”. Tentei explicar que a represa não estava muito limpa, porque infelizmente o “homem” jogava muito lixo nela. Então ela quis saber se era o “homem das sombras” (o vilão do desenho “A Princesa e o Sapo” da Disney, claro) que tinha sujado a represa. Expliquei que “o homem” éramos todos nós e que por isso ela tinha que jogar menos coisas fora. Aí ela respondeu: "então eu não vou mais vou desenrolar e bagunçar todo o papel higiênico" - coisa que ela adora fazer - "vou usar só o que precisa, para não sujar a represa". Aí tive certeza de que os vestidos de paetês de princesas da Disney combinam perfeitamente com uma educação que estimula a formação de adultos com valores que valem a pena.


Palmas para os vestidos cafonas! 


27 de setembro de 2011

Mamãe está Grávida

Estou no sétimo mês de gravidez e a ansiedade com a chegada da irmãzinha da Sofia cresce junto com a barriga. Gravidez nova, experiências novas, dúvidas novas. Como reagirá a Sofia? Essa é a pergunta de um milhão de Dólares. Seguindo todas as dicas pedagógicas já estou incluindo a Sofia em tudo e ela me surpreende mais a cada dia. Quero registrar essas surpresas para um dia poder reler e relembrar junto com a Sofia como foram esses meses de tantas mudanças para todos nós. Lá vai:



Sofia,

Faltam apenas dois meses para a sua irmãzinha chegar e eu queria te dizer que já estou muito orgulhosa de você. Você me disse que vai amar sua irmã e cuidar dela. Fiquei feliz! Mas o orgulho da mamãe vem mesmo da sua capacidade de falar e expressar o que está dentro do seu coraçãozinho.

Outro dia você me perguntou chorando: “Mamãe, você vai amar a Helena?”. Com a culpa de uma traidora respondi com uma naturalidade forçada: “Claro, vocês duas serão as minhas filhas que eu tanto amo”. Você logo respondeu com uma sinceridade muito saudável para uma menininha de 3 anos: “Quero que você ame só eu!”. Desesperada para reverter a situação arrisquei: “Mas Sofia, coitada da Helena, ela também precisa de uma mamãe para amá-la”. Numa perspicácia inacreditável para uma menininha de apenas 3 anos você deu a solução para o problema: “Deixa que eu amo e cuido da Helena e você continua amando só eu”. Perdi de goleada!

Também me emociono ao ver você vivenciando a minha gravidez. “Tô gávida do Zezéis”, você fala todos os dias colocando o ursinho dentro da blusa. Ontem você foi ao médico comigo, escutar o coração da Helena. Acho que falamos mais sobre a “sua gravidez” na consulta do que a minha. O Dr. Eduardo fez até o “parto do Zezéis”, tirando-o com toda a técnica de um obstetra experiente de dentro do seu vestido.

E quantas vezes ao dia você não pede para ler a história do João, que ganhou um irmãozinho e ficou com muito ciúmes? Aliás, imperdível para as famílias que estão prestes a ganhar um novo integrante.

Mas me surpreender é a sua especialidade. Ontem, eu queria te convencer a trocar o vestido que você quer usar todos os dias por uma blusinha linda de morrer: “Olha só Sofia, que linda essa blusinha. Tem babado!”Como um relâmpago você respondeu: “É linda mesmo. Vou guardar no quarto da minha irmã para ela usar quando nascer.” Genial!

É verdade que a sua esperteza me dá muito trabalho, mas continue assim, não mude uma vírgula. Diga o quê você sente, não guarde nada que aperte o seu coração e, com esse jeitinho esperto de lidar com a vida, sei que você será muito feliz.

Como eu te amo!

Beijos, mamãe.  

15 de setembro de 2011

Nana, Sofia (parte 2)

Zezéis, um amiguinho fiel

Em fevereiro escrevi um post sobre como ajudar o seu filho a dormir bem. Falei sobre alguns livros que nos ajudam a estabelecer a rotina do sono de maneira natural e sem traumas.

Hoje eu quero trazer uma nova dica, mais gostosa e divertida: incentive o seu filho a ter um amiguinho de brinquedo.

Quando criança, eu tinha o meu macaco de pelúcia que era o meu grande amigo. Passeávamos juntos, conversávamos e, claro, ele me ajudava a pegar no sono e dormir a noite inteira.

Eu queria muito que a Sofia também tivesse um amigo assim. Um pouco antes dela nascer, ela ganhou da futura vovó um ursinho pequeno, fofinho e feito de plush. Perfeito para ser o melhor amigo!

Desde os primeiros dias de vida da Sofia eu colocava o tal urso no berço. Era o único bichinho que “dormia” com ela, sem concorrência. Toda noite eu me despedia da Sofia falando que o “Nounours” - esse é o nome da marca do ursinho - estaria ao lado dela para aconchegá-la e cuidá-la a noite inteira.
Quando a Sofia começou a falar, ela logo tentou pronunciar o nome do amigo. Mas ao invés de Nounours, ela falava Zezezezezéis. Esse foi o nome que ela escolheu. Com o tempo, virou Zezéis e recentemente ele ganhou o apelido simplificado e descolado de Zézis e o carinhoso de Zezinho. 

Zézis virou um de nós. Busca a Sofia na escola comigo, viaja conosco, brinca, consola quando ela está triste, leva bronca e, principalmente, aconchega e “protege” a Sofia para ela poder dormir tranqüila e eu também. Até voz ele tem. a Sofia pergunta: “Zézis, vamos brincar?” e ela mesma responde com uma voz bem fininha e mexendo a cabecinha do amigo “Claro que sim, Sofia”.

Escolher um bichinho ou boneco de estimação é um processo espontâneo para muitas crianças. Mas nós podemos incentivar e ajudá-las a construir esse personagem, fazendo parte desse delicioso processo.


Aí vão algumas dicas para ajudar o seu filho a ter o Zezéis dele: melhor que seja fofinho para aconchegar e não atrapalhar o sono, de plush (não de pelo de pelúcia) e lavável. O Zezéis toma banho na máquina de lavar e se seca na secadora! Mas, se seu filho escolher um boneco duro, respeite o coração dele. Assim que seu filho escolher o amigo dele, compre mais um e deixe guardado para “emergências”. Vale a pena! Converse com o Zezéis também, reproduza o que seria a “voz” dele,  embarque na fantasia do seu filho. É divertido, inesquecível e uma ótima ferramenta para ajudar o seu filho dormir bem.

Obrigada, Zezéis! 
Boa noite, mamães. 

  

19 de maio de 2011

Texto de Dia das Mães: Ser mãe...



Neste mês das mães recebi duas vezes o mesmo texto por e-mail. Uma vez da minha própria mãe e outra de uma grande amiga que acompanha a minha vida há 25 anos. 

O autor é desconhecido, o texto é um pouco exagerado, mas eu me identifiquei bastante e lágrimas rolaram. Aí vai, para todas as mamães:


Ser mãe... (autor desconhecido)

Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.

- Nós estamos fazendo uma pesquisa... - ela diz, meio de brincadeira.

- Você acha que eu deveria ter um bebê?

- Vai mudar a sua vida. - eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.

- Eu sei! - ela diz - Nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas..

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que se tornar mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável. Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar: “E se tivesse sido o MEU filho?”. Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino sozinho ao invés do feminino no shopping se tornará um enorme dilema. Que alí mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro. Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.
 
Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho.
 
Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida - não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles. Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.
O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar talco num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas. Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados. Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos. 

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

- Você jamais se arrependerá! - digo finalmente.

19 de abril de 2011

A mamãe é a mimada da história

Neste mês foi o aniversário da Sofia. Um dos presentes foi um jogo de pescaria com tintas e pincéis para pintar os pescáveis.

A Sofia adorou pescar, mas eu me animei mais com a idéia de pintar. Escolhi um dia de sol, cancelei meus compromissos, cobri o chão com jornal, separei as tinhas, pincéis, água e pensei: “que sorte a Sofia tem de ter uma mãe que pode brincar com ela em plena segunda-feira”.

Começamos a brincadeira. Depois de duas pinceladas, a Sofia resolveu espalhar a tinta com o dedo, depois na perna e em seguida mergulhar a mão na água. Pedi para ela parar de sujar tudo.  O próximo passo foi virar o pote inteiro de tinha no chão.

Fiquei muito brava com ela. Depois fiquei emburrada com o sentimento irracional de que a Sofia era muito mal agradecida. Afinal, eu estava dedicando um tempo que para mim era complicado e ela estava se comportando mal (alguém pode me explicar quem é a criança?). Depois de um tempo a Sofia olhou para mim, levantou as mãozinhas para cima, inclinou o corpo para frente e disse repetidamente: “mais, mamãe!”, como quem diz: “você não está sendo razoável.”

A minha ficha começou a cair. A Sofia nunca amou pintar, eu é que gosto. Então por que ficar frustrada quando ela não responde da maneira que eu esperava? E, pior ainda, será que só porque eu reservei um tempo durante uma semana conturbada eu posso escolher o que vamos fazer e ela precisa se comportar como princesa para mostrar o quão grata ela está por eu dedicar o meu disputado tempo exclusivamente a ela? 

Aprendi uma grande lição com essa história: realmente é uma pena que poucas mães podem brincar com seus filhos durante a semana. Mas, muito pior do que não ter tempo para brincar é as crianças terem que pagar a conta das nossas vidas insanas. 

As crianças também precisam ter o direito de escolher a brincadeira. Sempre que as pessoas vão comprar um produto YOUandME e me pedem indicação sobre o que dar, eu respondo com a pergunta: “o que a família gosta de fazer?”. Porque de nada adianta dar um kit Cozinha quando ninguém na família gosta de cozinhar. Mas, a pergunta é para a criança também. Porque de nada vale criar expectativas ao redor de uma brincadeira, se a criança não gosta da atividade. Claro que precisamos estimular todas as áreas para ajudar nossos filhos a descobrirem suas verdadeiras paixões. Mas, forçá-los quando percebemos que a atividade vai contra a sua natureza ou talvez contra a sua faixa etária, simplesmente porque gostaríamos de brincar disso com nossos filhos, acabou levando a uma inversão de papéis. Eu fui a criança mimada da história.

Sofia, de agora em diante, vamos escolher juntas como preencher nosso precioso tempo. É uma promessa. 

29 de março de 2011

Férias sem a Sofia

Tirei 10 dias de férias. Foi nossa primeira viagem sem a Sofia. A experiência de deixá-la com os avós foi bem menos traumática do que eu previa. Tanto para nós, quanto para ela. Eu morri de saudades, é verdade. Mas aproveitei muito. Não posso negar que gostei a sensação de liberdade: não ter horário para nada, comer tranqüila em um restaurante, passear sem bolsas, carrinhos e a Sofia pedindo colo, curtir o meu marido, aposentar um pouco o pai e a mãe da Sofia. Foi muito bom! Como disse a minha amiga Bia, são nessas viagens que relembramos os motivos pelos quais estamos juntos. Por outro lado, a Sofia também curtiu a liberdade dela: passeou mais do que nós, foi ao teatro, ao cinema, na fazendinha, nos brinquedos do shopping,  andou de chupeta  durante o dia, comeu besteira, usou vestido todos os dias e ganhou muito muito carinho. Ela reforçou os vínculos afetivos com as pessoas que cuidaram dela, percebeu que existem outras relações interessantes no mundo e tornou-se visivelmente mais independente.

Encorajo os pais que estão com saudades de ser novamente um casal a fazer uma lua de mel todos os anos. Mas, pelo menos para nós,  10 dias foi o tempo ideal. Nos últimos dias eu já não agüentava mais de saudades e a Sofia começou a ficar manhosa e pedir “quero a minha mamãe” com mais freqüência. Além do tempo certo, tiveram algumas outras coisas que fizemos e que ajudaram a deixar a Sofia tranqüila e segura de que logo estaríamos de volta:

-      dois dias antes da viagem expliquei para ela que a mamãe e o papai iriam viajar mas que nós voltaríamos em alguns dias. Contei que ela ficaria com a vovó e que ia passear muito.
-      prometi que ligaria todos os dias e realmente liguei.
-      falei só pelo telefone, que é o meio que sempre usamos para falar com eles quando não estamos em casa. Não usei o vídeo do Skype pois achei que seria muito confuso para a cabeça dela. 
-      seguindo a dica da minha mãe, fiz um calendário lúdico com os dias da nossa viagem. Comprei uma cartela de adesivos bem coloridos e a cada dia ela colava um.
-      prometi e trouxe muitos presentes, claro!


Boa viagem!  

25 de fevereiro de 2011

Sem dicas, só um desabafo

O post desta semana foge do universo infantil. Mas mãe também tem conflitos, e como!  Nesta semana quero falar sobre a vida.

Nossa vida é tão preciosa, tão frágil e apesar disso tratamos como se ela fosse algo banal. Lotamos nossos dias com obrigações, nos estressamos com coisas irrelevantes e quando vemos, pronto, o dia passou, o mês passou, o ano passou. A vida passou! Parece que fazemos tudo isso para nos ausentar da responsabilidade de aproveitar a vida,  ou porque ao preenchermos nossas vidas com coisas pouco importantes temos a sensação de que é infinita. Afinal, se gastamos a vida com tanta banalidade é porque está sobrando, é porque nunca vai acabar. 

Venho pensando nisso há algum tempo. Resolvi que 2011 seria o ano “do que realmente importa”. O ano de dar tratamento de rainha à minha vida. Mas esbarrei em um outro conflito: não é tão fácil assim diferenciar o que realmente me faz feliz do que apenas me faz gastar tempo para fugir da vida. E aí, acho que sem querer desisti. O Carnaval nem passou ainda e a minha vida já voltou a ficar caótica, corrida, sem tempo para nada, nem mesmo para a minha Sofia.

Mas, nesta semana, tive um daqueles chacoalhões que nos coloca de volta nos trilhos. A vida cobrou: “estou aqui!”. E eu decidi:  quero que minha vida caminhe mais devagar, quero ter consciência do tempo passando, da Sofia crescendo, da minha vida mudando. Preciso saber e poder escolher com o quê eu estou gastando as minhas horas. Chega de levar a vida no piloto automático. Chega de desejar que meu dia tenha 40 horas. Quero dias com 24 horas bem vividas. 

Um longo fim de semana para todos nós! 

11 de fevereiro de 2011

Nana, Sofia (Parte 1)

bebê chorando no berço, haja coração! 
Ser mãe é uma delícia, e dormir a noite inteira também! Lembro que antes de engravidar, eu li um depoimento de uma mãe dizendo que seu corpo se acostumou com poucas horas de sono. Bom, isso não aconteceu comigo. Dormir pouco me dá dor de cabeça e mau humor. Por isso, desde que a Sofia nasceu eu noiei que ela teria que dormir bem e com 8 meses ela dormia 11 horas seguidas. Talvez foi pura sorte. Talvez não. 

Dois livros me ajudaram muito nessa tarefa: Nana, NenêNana Nenê. Isso mesmo, a única diferença entre os dois títulos é a vírgula. O primeiro foi escrito por Eduard Estivill e Sylvia de Béjar. O segundo por Gary Ezzo e Robert Buckman. Estes livros dão dicas excelentes de como estabelecer a rotina do sono de maneira natural e sem traumas. Mas, o ponto mais crítico para mim era  a questão se eu deveria ou não deixar a minha Sofia chorar sozinha no quarto antes de dormir.

Os livros defendem que se a criança não tiver nenhum incômodo físico (frio, calor, fome, cólica, indisposição) os pais podem deixá-la chorar antes de dormir e juram que isso não vai gerar nenhum trauma.  A diferença é que o método sugerido pelo livro da vírgula é um pouco mais bonzinho. O Nana Nenê diz que um bebê pode chorar até 40 minutos antes de pegar no sono, já o Nana, Nenê defende a idéia de que enquanto o bebê está chorando os pais devem entrar no quarto de tempos em tempos para acalmá-lo e dar a segurança de que ele não foi abandonado. Mas, essas visitas ao bebê não são aleatórias, o livro traz uma “tabela de tempos” que deve ser seguida rigorosamente.

A tabela de intervalos curtos agradaram o meu coração de mãe e começamos a colocá-la em prática quando a Sofia tinha 6 meses. Seguindo direitinho o plano de minutos, a Sofia nunca chegou a chorar mais do que 7 minutos seguidos antes de pegar no sono. Ufa!


Nos próximos posts vou dividir outros segredos, mais gostosos,  que podem ajudar o seu pequeno a dormir e você também.

até mais! 



25 de janeiro de 2011

Dica de passeio: "nadar na selva" com crianças pequenas

Tirei um mês sabático na praia com a minha Sofia.

Uma das experiências mais bacanas do verão foi fazer uma mini-trilha e nadar na cachoeira pela primeira vez junto com ela. Encontramos uma trilha bem versátil na ilhabela: trilha da Água Branca (http://www.ilhabela.org/trilha_aguabranca.htm). A trilha completa tem cerca de 2.5km e termina em uma cachoeira incrível. Mas, o legal é que ao longo do caminho existem outras cachoeiras lindas: ideal para pequenos que não andam longas distancias sem pedir colo. Nós fizemos uma caminhada bem leve de 1km e paramos na Cachoeira da Ducha. Na trilha vimos borboletas, pássaros, flores tropicais, árvores enormes e ouvimos macacos. Na cachoeira, soltamos a Sofia (de bóia) perto da queda e deixamos a corrente levá-la por alguns metros. Foi a maior folia. “Nadar na selva”, como disse a Sofia, foi uma experiência muito gostosa para todos nós, que eu espero repetir muitas vezes em 2011.

Alguns pequenos detalhes do passeio fizeram toda a diferença: A corrente formada pela cachoeira dá um toque de aventura para um pequeno de 2 aninhos. A textura das pedrinhas do fundo da cachoeira faz cócegas e massagem nos pés. Pedras redondas com limo são ótimos ecorregadores. Fazer "cocô e xixi na selva” é uma aventura! Não deixar lixo para trás = ensinar nossos filhos desde o começo. Respeitar os animais e olhá-los bem de pertinho. Brincar nas aventuras da natureza: escada de raiz e túnel de tronco são o máximo!

Valeu a pena carregar: Repelente, muito repelente! Protetor solar. Roupinha de neoprene (a venda na Decathlon - ajuda a proteger das pedras e do frio da água da cachoeira). Chapéu. Bóia de braço. Lanche (para beliscar e tomar). Toalha e muda de roupa seca.

Bom passeio!